
Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por
uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela
margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para
fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monje deixou-o cair novamente
no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr
pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida,
juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o
receberam perplexos e penalizados.
— Mestre, o Senhor deve estar muito
doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um
a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não
merecia sua compaixão!
O
monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: — Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.
ANA JACQUELINE BRAGA MENDES
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