Uma recomendação do Conselho Nacional de Educação está dando o que  falar nas escolas. A partir do ano que vem, as crianças só vão poder ser  matriculadas no Ensino Fundamental com 6 anos de idade. O que vai  acontecer com os alunos que estão saindo da pré-escola antes dessa  idade?
Essa é a discussão do momento. O Conselho Nacional de Educação diz que  elas terão de permanecer na educação infantil. Há escola em Brasília que  vai criar uma turma intermediária para atender esses alunos, mas muitos  pais reclamam da mudança.
Carolina vai ter de ficar um ano a mais na pré-escola por causa da  mudança. Só depois de completar 6 anos, ela vai poder ir para a  alfabetização. “A criança deve estar na série pela capacidade que ela  tem e não ser limitada pela idade”, critica o pai André Ricardo.
Mas agora vai ser assim: a partir do ano que vem, apenas os alunos que  completarem 6 anos até 31 de março vão poder entrar no Ensino  Fundamental. A recomendação é do Conselho Nacional de Educação. O  argumento é que muitos alunos estão sendo alfabetizados cedo demais.
O pai de Lucas, Yuri Cherman, acha que isso é relativo e depende do  aluno. “Isso é muito subjetivo. Tem criança da idade dele que não tem  tanta desenvoltura quanto ele, assim como tem outras que têm mais. Eu  acho que isso tem de ser considerado mais do que a idade”, avalia.
Elaine Maia, que é mãe, diz que não se importa se a filha tiver de  esperar mais um ano para se adaptar à nova regra. “Eu acho que o  bem-estar da criança é que tem de ser pensado agora, e não a vontade de  um pai no sentido de que eu faço questão que meu filho entre no Ensino  Fundamental com 6 anos”, observa.
Uma escola em Brasília, que tem alunos pequenos de 0 a 5 anos, está  reorganizando as turmas. Explicou para os pais que, a partir do ano que  vem, os alunos vão ser divididos em dois grupos. Os que fazem  aniversário até 31 de março seguem para a próxima série normalmente. Os  outros vão ficar em uma turma nova, especial, que está sendo criada  agora.
“Vai haver uma adaptação do conteúdo que não vai ter conteúdo repetido e  não vai ser uma ruptura de todo. Querendo ou não, ele vai continuar com  alguns colegas. Acho que não tem nenhum problema”, avalia a professora  Iara Leite.
“O que eu acho que é ruim é você estar com um coleguinha da mesma idade  na sua frente em uma série à frente, e você atrás”, disse a mãe  Jackmary Fernandes.
“É complicado alfabetizar e educar a criança precocemente. A escola tem  de respeitar o amadurecimento não só cognitivo, mas também afetivo,  emocional e motor destas crianças”, defende Maria do Pilar Lacerda,  secretária de educação básica do Ministério da Educação. De acordo com  Maria do Pilar Lacerda, alguns casos isolados podem ser discutidos.
Fonte: G1
Fonte: G1
 
 

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